quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PPP DE PERNAMBUCO PODE VIRAR MODELO PARA OUTROS ESTADOS

O projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do Saneamento da Região Metropolitana do Recife deve ser encarado como um modelo a ser estudado por outros Estados brasileiros. Esse foi o comentário feito hoje pelo presidente da Compesa, Roberto Tavares, durante apresentação no 2º Seminário Fiesp de Saneamento Básico, em São Paulo. O presidente participou do painel “A Parceria Público-Privada na Prestação de Serviços no Setor de Saneamento Básico”.
De acordo com Roberto Tavares, o projeto da Compesa tem a capacidade de articular, em uma única PPP, investimentos públicos e privados. “Isso é uma inovação, pois as PPP's tradicionais geralmente só utilizam contraprestação pecuniária e a nossa utiliza investimentos para acelerar o prazo da universalização”, destacou.
Para o presidente, a proposta de PPP é uma alternativa para recuperar o tempo perdido. “Isso mostra a nossa vontade de que o Brasil tenha uma visão mais pragmática com relação a este problema que aflige a nossa população”, declarou. Segundo ele, o volume de investimentos aplicados pelo governador Eduardo Campos em obras de água e esgoto em Pernambuco - quatro vezes mais nos últimos cinco anos - impressionou empresários e economistas presentes no seminário.
Ainda durante o evento, Tavares afirmou que a oscilação de investimentos públicos inibe a participação do setor privado na área de saneamento. Para o presidente, as empresas ficam receosas com relação à viabilidade dos projetos. “Nós temos que ter uma postura clara e radical em relação à mudança no modelo de financiamento. Com isso, conseguiremos mudar essa situação vergonhosa em que se encontra o nosso país no setor de saneamento básico”.
Roberto Tavares lembrou que apenas duas unidades da federação São Paulo e Distrito Federal contam com cobertura de esgoto acima de 70%, enquanto 18 Estados brasileiros têm cobertura inferior a 40%. “Temos que destacar o grande volume de investimentos desde 2003, mas temos que reconhecer que o atual modelo de financiamento está fracassado. A PPP vem como uma alternativa, mas não é a única. Precisamos nos aprofundar nesse tema”, alertou.

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